Costumamos associar inovações com indústria e com agricultura, mas o comércio tem uma rica história de inovações em processos e modelos de negócios. Os supermercados, com seu autoatendimento, surgiram em 1930 nos EUA e 1953 no Brasil. Os shopping centers tiveram início em 1928 nos EUA. O Iguatemi, em São Paulo, é considerado o primeiro shopping brasileiro, inaugurado em 1966. Outra inovação que deu grande impulso ao comércio foi o cartão de crédito, criado em Nova Iorque em 1950.
O comércio tem se renovado velozmente, com as mudanças de hábitos da população e as novidades tecnológicas. Com mais pessoas morando sozinhas e a mobilidade urbana mais complicada, cresce a alimentação fora de casa. Não é inovação brasileira, mas os restaurantes self service ganharam aqui dimensão e variedade. Afinal em que lugar do mundo se consegue comer rabada com sushi? Uma invenção brasileira legítima é a churrascaria rodízio. Conta a lenda que um garçom atrapalhado, em uma churrascaria de beira de estrada, trocou os pedidos e serviu carnes variadas para as mesas. Os clientes adoraram e o modelo de negócios se espalhou e se sofisticou com bufês de saladas, preço único e serviço rápido. Hoje está em várias partes do mundo.
A tecnologia muda tudo. Videolocadoras desapareceram com o streaming do Netflix, lojas de discos evaporaram com iTunes e Spotify, lojas de revelação de filmes sumiram com a proliferação das máquinas digitais. Estas também sumiram com o advento dos smartphones que trouxeram inúmeras lojas de celulares. A formatação organizada levou franquias de todos os tipos para todos os lugares.
A preocupação com a saúde espalhou academias de ginástica, Pilates, lojas de bicicletas, comércio de vitaminas e produtos naturais, restaurantes naturais ou de saladas e lojas de açaí. E – coisa estranha – farmácias aos milhares, como em nenhum outro lugar do mundo. Milhares de motoboys e atendentes de telemarketing foram empregados para a entrega em domicílio e o atendimento remoto de clientes.
As inovações não param. O comércio eletrônico disputa. – e ganha – clientes do comércio de rua e dos shopping centers. A concorrência não vem mais da loja do bairro, mas de um site chinês que entrega produtos do outro lado do mundo em casa.
Agora teremos entrega de produtos com drones e robôs, atendentes robôs com inteligência artificial, câmeras que percebem o humor dos clientes, big data que sabe tudo dos clientes, compras em supermercados sem passar pelo caixa e máquinas se comunicando entre si com a internet das coisas.
Inovação significa produtividade e competitividade.
Sobre o autor:
Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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