Por uma cidade criativa com ciência

No exame internacional Pisa para estudantes o Brasil fica em ridículo 64º lugar em ciências entre 79 países. Há um movimento mundial para dar mais ênfase às disciplinas STEM(sigla em inglês para Ciências,Tecnologia, Engenharia e Matemática), considerando a importância desses temas para o mercado de trabalho.

O conceito de cidades criativas valoriza as atividades que usam a criatividade como base, aí incluídas a ciência, a arte e a cultura.

Vitória tem, pelo menos, quatro iniciativas interessantes, quatro centros de ciências e educação, embora sem a devida importância e aproveitamento que a época atual exigiria. O primeiro é a Praça da Ciência, com instrumentos pedagógicos destinados ao ensino de conceitos científicos em física e educação ambiental como sistema solar em escala, relógio de sol, espelho de som, elevador de mão, prato giratório, alavancas e refletor parabólico. O segundo é o Planetário, no campus da Ufes, para visitantes conhecerem os planetas, as constelações, os movimentos de translação e rotação. O terceiro é a Escola da Ciência-Física no Parque Moscoso, com a proposta de popularizar a física, onde os visitantes podem interagir com equipamentos ligados à eletricidade, à óptica e à mecânica. O quarto é a Escola da Ciência – Biologia e História (ECBH), no Sambão do Povo, um centro de ciência, educação e cultura com maquetes do patrimônio histórico regional, artefatos arqueológicos e espécies vivas em aquários, dentre outros elementos.

Com a possibilidade do Ifes assumir os galpões do IBC, fica a sugestão de montar ali um quinto ambiente onde se poderia aprender como funcionam os equipamentos que as pessoas convivem no dia-a-dia. Poderiam ser elaborados modelos transparentes, que funcionem, de máquinas de lavar, ares condicionados, geladeiras, aspiradores de pó, elevadores, motores, baterias e câmbio. Poderiam até reproduzir em miniatura, dentro do possível, os processos básicos das grandes empresas atuantes no Estado.

Equipar melhor e utilizar mais os quatro centros existentes e, quem sabe, conseguir recursos para esse quinto, ajudaria a difundir o STEM, elevar a nossa nota vergonhosa no Pisa, reconhecer Vitória como cidade criativa e contribuir para que termine essa nossa época obscurantista em relação à ciência. Fica faltando ainda completar o Cais das Artes.

Sobre o autor: Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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