Empresários atuantes perguntam sempre o que fazer na situação atual. A primeira preocupação é a sobrevivência, considerando que muitos não conseguiram e se foram em meio a 200.000 lojas fechadas no país e inúmeras indústrias de vários setores quebrando.
A preocupação atinge os empregados dessas empresas, que engrossaram a massa de 13 milhões de desempregados após o desastre do desgoverno Dilma. Só quem não se preocupa são os funcionários públicos com estabilidade que podem dormir sossegados e têm tempo para defender os seus privilégios, em um corporativismo indecente, nas discussões da reforma da previdência.
Resta aos empresários que tentam uma saída decifrar os fracos sinais de oportunidades que ainda existem. Alguns setores prometem. Petróleo e gás, depois das desastradas decisões de mudança de marco regulatório no governo do PT que quebraram inúmeras empresas, volta a animar o mercado com sucessivas rodadas que atraem novas operadoras estrangeiras e reanimam as que permaneceram. A previsão é que a produção brasileira de petróleo cresça 70% nos próximos 10 anos. Outro setor promissor é a logística com seus caminhões e centros de distribuição, considerando o crescimento vertiginoso do comércio eletrônico, onde o Brasil ainda está muitos pontos percentuais atrás dos países desenvolvidos. O mundo digital também promete. Todos os setores estão sendo atingidos pela transformação digital, abrindo oportunidades para startups e para fornecedores de software, equipamentos de computação e telecomunicações. São muitas novas tecnologias, capitaneadas pela inteligência artificial, Internet das coisas, big data, analytics, blockchain, todas se expandindo simultaneamente e modificando tudo.
Os setores exportadores sempre podem ter oportunidade, afinal o mercado brasileiro representa em torno de 3% do mercado mundial, os outros 97% estão fora e muitos países saíram da crise de 2008 e crescem consistentemente. A barbeiragem da marolinha está custando muito caro ao povo brasileiro. O agronegócio de exportação e toda a cadeia associada tem espaço para crescer, mesmo com as deficiências de infraestrutura logística.
Mas chama a atenção que mesmo em setores fortemente afetados pela crise, alguns conseguem se reinventar, promovem inovações, implantam modelos de gestão eficientes, mudam o modelo de negócio, criam uma fidelização dos clientes, envolvem colaboradores no aumento de produtividade e passam batido pela crise.
Tem que estar antenado nas tendências tecnológicas e sociais e procurar entender porque enquanto alguns choram, outros vendem lenços.
Sobre o autor: Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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