STEM é o acrônimo em inglês para as disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O termo vem sendo usado nos Estados Unidos nas discussões de política educacional e de currículos escolares para melhorar a competitividade no desenvolvimento tecnológico. Tem repercussões também nas políticas de segurança nacional e de imigração e é pauta de discursos do Presidente Obama.
No século 21, 60% dos novos empregos que serão gerados nos EUA exigirão o perfil que apenas 20% da atual força de trabalho possuem. Haverá um déficit de 3 milhões de trabalhadores de elevado perfil técnico em 2018. Prevê-se que os postos de trabalho STEM crescerão 17% nos próximos 10 anos comparado com 9.8% para os empregos fora desse critério, pagarão 26% a mais do que os outros e serão muito menos vulneráveis à demissões.
A lista de disciplinas listadas nesse critério STEM incluem, entre outras: física, química, biologia, estatística, ciência da computação, psicologia, bioquímica, robótica, as engenharias elétrica, eletrônica, de computação, mecânica, civil, aeroespacial, química, acústica e de software. Incluem também astrofísica, astronomia, ótica, nanotecnologia, física nuclear, pesquisa operacional, neurobiologia, biomecânica, bioinformática, ciências atmosféricas, sistemas de informação geográfica e tecnologia educacional.
Os estudantes estrangeiros que se graduam em universidades nos Estados Unidos podem permanecer no país por 12 meses em um programa de treinamento prático. Se forem da área STEM podem ficar outros 17 meses mais. Em outras palavras, procuram suprir sua necessidade sugando a inteligência do mundo.
Na Europa também STEM é prioridade, onde entendem que, para manter a Europa crescendo, serão necessários um milhão de novos profissionais com esse perfil em 2020. Também sabem que a educação científica não pode mais ser vista apenas como treinamento de elite para futuros cientistas e engenheiros, mas será necessária para todos participarem da vida moderna. Um pesquisador europeu chegou a afirmar que ser competente nas áreas STEM no ensino médio hoje é equivalente a saber ler, escrever e contar no século 19.
Para desenvolver esse perfil é necessário incentivar o interesse dos estudantes por essas áreas e formar professores em quantidade e qualidade.
O Brasil está longe dessa discussão. Quase nada na internet com essa sigla a não ser um convênio recente da Capes com o Reino Unido e olhe lá. Enquanto isso, no último exame internacional PISA, entre 65 países o Brasil fica em 58º lugar em matemática e 59º em ciências. Nossa pauta ainda é a do século 19.