Aviso aos concurseiros: acabou! Essa época passou. Preparem-se para ser empreendedores. O Estado brasileiro não cabe no PIB. A justiça brasileira gasta per capita 3,8 vezes o que gasta o Chile e 7,9 vezes o que gasta a Colômbia.. O Congresso brasileiro gasta 10 vezes o que gastam na Espanha e Reino Unido e mais de seis vezes o que gasta o Congresso dos EUA em relação ao PIB. O total de funcionários públicos na ativa aumentou em 54%, de 5,8 milhões em 2001, para quase 9 milhões, em 2014, nos três níveis de governo e nos três poderes. A reforma do estado é imprescindível e urgente. Temos que fundir municípios, acabar com salários de vereadores em municípios pequenos, acabar com a estabilidade no emprego para a maioria dos funcionários públicos e eliminar os puxadinhos e as gambiarras nos contracheques acima do teto. Precisamos de um novo pacto federativo fundamentado na descentralização e na autossustentação dos seus entes. Esse é o recado do artigo de Claudio Porto e outros no excelente livro “A Retomada do Crescimento”, conjunto de 23 artigos de 38 autores organizado por Fabio Giambiagi e Mansueto de Almeida, cobrindo a pauta macroeconômica e setorial.
Imagine se você pudesse abrir uma empresa em dois dias, levantar rapidamente um empréstimo com juros baixinhos, contratar empregados sem se preocupar com passivo trabalhista, comprar insumos de muitos concorrentes disputando preço e pagar impostos razoáveis sem burocracia. Esse é o mundo que a Retomada do Crescimento propõe que o Brasil viva e mostra o árduo caminho que devemos seguir( e bota árduo nisso!). Com taxas de juros baixas é melhor ir para o mercado de capitais, investir em um negócio ou financiar uma startup. Com um ambiente de negócios incentivador do empreendedorismo, o Brasil deixaria de ocupar um vergonhoso 123º lugar nesse quesito na avaliação internacional de competitividade dos países feita pela publicação Doing Business do Banco Mundial.
O Brasil é um dos países mais fechados do mundo. A nossa corrente de comércio, isto é, a soma de exportações e importações é de apenas 27% do PIB, enquanto na América Latina é de 43% e 58% na média mundial.
A abertura para competição com redução de tarifas, barreiras técnicas e subsídios indevidos pressionaria a destruição criativa, onde os competentes sobreviveriam e cresceriam, com competitividade internacional.
Esse é o debate que precisamos em 2018, não essa superficialidade irresponsável de Lula e Bolsonaro, um propondo as mesmas coisas que quebraram o país e o outro com propostas medievais e de concentrar o futuro em nióbio e balas.
Sobre o autor:
Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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