Depois de morto e enterrado, inaugurando assim o cemitério de Sucupira, Odorico Paraguaçu ressuscita e se elege Presidente da República. Depois de oito meses de governo, ele reclama da oposição em discurso:
Meus conterrâneos! Tomei posse como presidente desse país com as mãos limpas e o coração nu, despido estripitisicamente de qualquer ambição de glória. Nesta hora exorbitante, neste momento extrapolante, eu alço os olhos para o meu destino e peço a Deus que abençoe a brava gente brasileira.
Mas vamos deixar de lado os entretantos e partir direto para os finalmente. Povo brasileiro, meus conterrâneos: vim de branco para ser mais claro. A imprensa lida, olhada e escutada, talqualmente a direita badernista, desaforista e subversenta, não obstantemente tudo que fizemos por este país, tentam me derrubar com um golpismo maquiavelento.
Vou fazer uma confabulância político-sigilista, com todos os acautelatórios, com o Congresso puxa-saquista, para acabar com essa ideia desapetrechada de sensitismo.
Estou aqui, com a alma lavada e enxaguada de indignação por esse golpismo covardista e crapulento e do que fala a oposição calunista e maucaratista do meu memorável predecessor, deste político relembrável, deste cidadão inolvidável.
Seus ateístas despenitentes! Vocês não respeitam nem um homem morto politicamente, em estado de defuntice compulsória? Ficam dizendo que “é nisso que dá eleição direta. Elegemos um cangacista desalfabetizado, desapetrechado de caráter e larapista”. Talqualmente César, estou cercado de Brutus por todos os lados.”
Isso me deixa bastantemente entristecido, com o coração afogado na deceptude e no desgosto. Aforamente esse desgosto, prafrentemente quero saudar as coisas e pessoas do meu país.
Com toda a merecência, saúdo aqui as crianças deste Brasil. Sempre que você olha uma criança, há uma figura oculta atrasmente que é um cachorro, o que é algo muito importante.
Aproveito para um saudamento à mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil, talqualmente o milho e a bola. A bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola, nós nos transformamos entrementemente em Homo sapiens ou mulheres sapiens.
Apoiarei o empreendedorismo mulherento: A mulher abre o negócio, tem seus filhos, cria os filhos e se sustenta, tudo isso abrindo o negócio.
Indo para os finalmentes desse discurso, queria dizer que as obras que farei entrarão para os anais e menstruais do país, mas não vamos colocar meta no meu governo. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando entrementemente atingirmos a meta, faremos o dobramento da meta.
Muito obrigado!
Evandro Milet
Consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente aos domingos
Twitter:@ebmilet Email: evandro.milet@gmail.com