Entre as dez maiores empresas do mundo em valor de mercado, pelo menos sete são do mundo digital: Apple, Amazon, Google, Microsoft, Facebook e as chinesas Ali Baba e Tencent. Milhares de outras tentam chegar lá, em um movimento baseado na internet onipresente, na mobilidade total, no custo decrescente e exponencial da tecnologia, no armazenamento infinito de dados, na capacidade interminável de processamento e na velocidade alucinante de comunicação, que transforma todos os setores da economia.
O mundo está ficando digital e sendo engolido pela rede. Já nos acostumamos com o pequeno início desse processo ocorrido nos negócios de hotéis, táxi, comércio, imprensa, telefonia, turismo, viagens e bancos, e vem muito mais por aí na indústria, nos governos, na educação, na saúde, nas eleições, na segurança, na eletricidade, no saneamento, no petróleo, na logística, nos serviços, na agricultura e no resto da economia.
Essa transformação digital criou um inédito empoderamento do consumidor e do cidadão com acesso direto aos serviços e produtos e ao poder pelas redes sociais, abalando conceitos cristalizados. Intermediários em todos os setores estão sendo rifados.
Enquanto empreendedores pelo mundo vasculham oportunidades de desenvolver soluções matadoras, investidores farejam unicórnios e as grandes empresas estabelecidas tateiam e se debatem procurando como participar desse mundo sem desidratar drasticamente os seus negócios de uma hora para a outra. Muitas investem em ambientes de coworking, montam aceleradoras dentro de casa ou participam acionariamente de startups em um movimento conhecido como corporate venture.
E as transformações não ocorrem apenas no mundo digital. Há coisas fantásticas acontecendo na biotecnologia, na nanotecnologia, nos materiais e na energia.
É premente considerar o ecossistema de inovação – e o digital em particular, pela velocidade – como elemento fundamental para o desenvolvimento do estado. Não é mais marginal ou exótico. A presença de mais de 500 pessoas – e não foram mais por que os ingressos pagos esgotaram por limitação física do local – no lançamento do Vale da Moqueca em outubro, demonstra a vitalidade do setor no estado. Todo mundo tem que adotar essa pauta: governo estadual e municipais, associações empresariais, bancadas federal, estadual e municipais, universidades, órgãos de controle, justiça e imprensa. Cabe um esforço especial para facilitar e gerar negócios inovadores, preparar profissionais capacitados, alavancar recursos e dar uma nova dimensão ao setor que mais cresce no mundo. Não há tempo a perder.
Sobre o autor:
Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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