Se existe a inovação disruptiva, quando ocorre uma mudança radical para melhor, existe também a ivelhação disruptiva, quando ocorre uma mudança radical para pior. Paranoias nacionalistas, ideologias do governo grande e ineficiente, populismos rastaqueras, corporativismos parasitas e saudosismos militaristas passeiam por aí. Razão tem Millor Fernandes: “Quando ficam velhinhas, as ideologias vem morar no Brasil”. Eu completaria: “à esquerda e à direita”.
No curto prazo, o maior problema a se resolver no país é o desemprego de 14 milhões de pessoas e a médio e longo prazo é extinguir a pobreza, aumentar a renda de todos e criar igualdade de oportunidades. Os exemplos de sucesso nesse propósito convergem para a economia de mercado, nas suas variantes da América do Norte, Europa, Coreia, Japão, da Oceania e mesmo da China. com seu excêntrico socialismo confucionista de mercado. Muito empreendedorismo, muita globalização e muita educação.
Enquanto isso, aturamos uma sequência de governantes atrasados: um populista amoral, um poste sem noção e agora um zumbi fisiológico. E o futuro nos apresenta um boçalnaro medieval ou a volta do populista ignorante em economia, que deu uma sorte imensa com a conjuntura internacional e alguma intuição, além de chefiar a quadrilha do seu projeto de poder. Enquanto enfrentamos a paradeira geral provocada pelos governos do PT, o mundo corre não mais em alta velocidade, mas em alta aceleração, com transformações exponenciais.
Sabemos que 90% das informações na internet foram geradas nos últimos dois anos. Com o crescimento exponencial podemos prever que, em 5 anos, quando terminar o mandato do próximo presidente, 90% das informações na rede terão sido geradas no último mês!
Usamos as redes para xingar uns aos outros ou para mandar bom dias e gatinhos, mas não entendemos nada do que está acontecendo. Negócios estão migrando para a rede e para a nuvem. Robôs, impressoras 3D, big data, internet das coisas, aplicativos, edição genética, veículos autônomos e a explosiva inteligência artificial estão mudando tudo na indústria, no comércio, nos serviços e no agronegócio.
E aqui? Ideólogos bolivarianos reinventam a economia, rejeitando a fundamental reforma da previdência, corporações privilegiadas, com injustificada estabilidade no emprego, defendem suas vantagens com argumentos contorcionistas e juízes, procuradores e advogados trabalhistas esperneiam com a modernização que reduz drasticamente seu campo de trabalho.
Precisamos modernizar o debate, enterrar essa ivelhação disruptiva e mirar o futuro que já está presente.
Sobre o autor:
Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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