Os impulsionadores fundamentais do crescimento econômico ao longo da história foram as inovações tecnológicas. Principalmente as tecnologias de propósito geral – a máquina a vapor, a eletricidade, o motor de combustão interna e os computadores. Cada tecnologia proporcionou ondas de inovações, novos negócios e também transformações sociais significativas. A máquina a vapor deu origem às ferrovias, substituiu as velas limitadas na navegação e permitiu a revolução industrial, a exploração de territórios distantes e também a urbanização acelerada com seus conflitos, leis trabalhistas e ideologias que transformaram o mundo. O motor de combustão interna deu origem aos automóveis, caminhões, aviões, navios e tratores, além de grandes negócios e indústrias, como automobilística, petróleo, turismo, agronegócio, shopping centers, além de logística, interiorização e globalização. A eletricidade trouxe a luz elétrica, a refrigeração com a conservação de alimentos, as facilidades domésticas de máquinas de lavar e geladeiras, as comunicações com rádio e TV, os elevadores que verticalizaram e adensaram as cidades e incorporou a noite às atividades de lazer. Os computadores trouxeram o acesso quase ilimitado à informação e aos serviços na palma da mão, o comércio eletrônico, a automação industrial, a internet, as redes sociais, mas também desestruturou negócios tradicionais e criou os selfies, os hackers, as fake news, novas armas e uma confusão geral na política tradicional no mundo todo.
A tecnologia de propósito geral mais importante da nossa era é a inteligência artificial(IA), particularmente o machine learning(ML) Nós humanos sabemos mais do que conseguimos dizer. Muito do conhecimento é tácito, está na nossa cabeça, mas não é possível explicar, a ponto de ser codificada, por exemplo, a informação de como andamos de bicicleta ou reconhecemos um rosto. Antes da ML não poderíamos automatizar muitas tarefas. Agora podemos. Um dos tipos de aprendizado envolve apresentar ao computador milhares ou milhões de exemplos, previamente rotulados por humanos, de forma que ele possa identificar uma árvore, um cachorro ou um automóvel. Desse modo a máquina aprende por exemplos e não por codificação de um programa. A identificação de vozes e imagens já ultrapassou a própria capacidade humana com mínimo índice de erros, fomentando robôs e carros autônomos. Como aconteceu com as outras tecnologias, as consequências sociais da IA são imprevisíveis, pois sua utilização afetará, em pouco tempo, profissões, negócios, governos e relações sociais. Haja fôlego!
Sobre o autor: Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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