Segundo o Fórum Econômico Mundial, para manter-se atualizado, um médico precisaria estudar 160 horas por semana. É inevitável que, no futuro, a maioria dos diagnósticos, prescrições e monitoramento, que ao longo do tempo podem representar 80% do tempo total de médicos/residentes, será substituída por hardware, software e testes inteligentes, no que um grande investidor chamou de “Dr. Algoritmo”. O sistema de inteligência artificial(IA) Watson da IBM, por exemplo, demonstrou que consegue diagnosticar o câncer de pulmão com uma taxa mais precisa que humanos – 90% contra 50% em alguns casos. A radiologia pode ser uma das áreas que mais avancem nos próximos anos.
Segundo a empresa de consultoria Accenture, o mercado de Inteligência artificial na saúde vai crescer 40% até 2021, incluindo as áreas de cirurgia robótica e das aplicações de assistentes de enfermagem virtuais.
Alguns autores classificam as tendências da medicina em 4P’s: medicina preventiva, com foco na adoção de medidas que previnam doenças; medicina personalizada, com o paciente atendido de forma individualizada, com base em seus dados clínicos ou genéticos em aplicações de big data; medicina preditiva com a possibilidade de prever o desenvolvimento de doenças a partir da genética e a medicina proativa, onde a relação médico-paciente continua mesmo depois da consulta, de forma constante, conectado pela internet das coisas.
As transformações serão brutais. Lentes de contato com realidade aumentada para diagnosticar diabetes com as lágrimas, minúsculos robôs deglutíveis, sensores em objetos vestíveis ou a possibilidade de impressoras 3D imprimirem próteses e órgãos, como orelhas, narizes ou fígados, aumentando a disponibilidade para transplantes.
A fusão entre homem e robô acontecerá conforme humanos comecem a introduzir algumas tecnologias em seus corpos. Vai permitir a criação de “super-humanos”, pessoas com a visão melhorada a ponto de enxergarem tão bem como águias ou ouvirem como morcegos. Isso deverá permitir que deficientes visuais enxerguem ou deficientes físicos andem.
E, finalmente, a biologia sintética, com a ideia de que o DNA é em essência software e pode ser reprogramado. É possível substituir o código original da natureza por código novo, escrito por humanos, eliminando riscos ou produzindo o que imaginarmos, com todas as implicações éticas, grande tema nos próximos anos
A grande expectativa é que as tecnologias levem a quedas vertiginosas de preços em equipamentos, o que dá a esperança que esse avanço da medicina possa beneficiar toda a população de maneira crescente.
Sobre o autor:
Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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