O livro “A Quarta Revolução Industrial” de Karl Schwab, organizador do Fórum Econômico Mundial, traz uma pesquisa feita em 2015 com 800 especialistas sobre a probabilidade de certas mudanças tecnológicas chegarem à sociedade até 2025. Nessas previsões, 76,4% acharam que, até 2025, ocorrerá o primeiro transplante de um fígado impresso em 3D. É a bioimpressão. Já pensou? Acaba fila de transplantes, mas alguns pinguços vão gostar de imprimir um fígado sobressalente. Outros 78,2% acham que carros sem motorista serão 10% de todos os automóveis nos EUA. Por aqui, a inteligência artificial(IA) desses veículos terá que ser aprimorada para lidar com quebra-molas sem aviso ou pintura, buracos nas estradas, falta de faixas laterais, pardais camuflados com velocidades diferentes e motos nos corredores chutando seu retrovisor. Será que eles vão conseguir xingar de volta? Uma previsão de 45,2% é que até 2025 teremos a primeira máquina de IA em um conselho de administração de empresa, o que nos dá a esperança de eleger um robô-deputado no futuro, dotado de sensores contra corrupção, interligado à internet das coisas e controlado remotamente pelos eleitores.
Embora sem data para ocorrer, já se prevê o primeiro humano com memória totalmente artificial implantada no cérebro. Uma das preocupações é que pensamentos/sonhos/desejos sejam descriptografados e que a privacidade deixe de existir. Não haveria mais necessidade de delações premiadas – é só baixar e imprimir – e ninguém esqueceria mais as promessas de campanha, mas russos poderiam introduzir fake news nos cérebros. Estes estariam conectados ao Brainbook, onde xingamentos poderiam ser trocados por pensamento, sem precisar digitar.
Cerca de 91% dos especialistas estimam que 10% das pessoas usariam roupas conectadas à internet em 2025. Há previsão da conexão dos vestíveis de uma forma geral incluindo sapatos, óculos, anéis e brincos. Não se sabe se tornozeleiras estariam nesse rol, mas seria interessante ver os internautas controlando esses equipamentos à distância, podendo apertar ou afrouxar a engrenagem.
Para 83% dos entrevistados, até 2025 aparecerá o primeiro governo que substituirá o censo por big data. Afinal, todas as informações de todos os cidadãos estarão circulando na rede. Será uma questão de organizá-las, sem precisar perguntar para ninguém. O mesmo se dará com as empresas e, por isso, 75% dos especialistas acreditam que 30% das auditorias corporativas serão feitas por IA. E por que não as de governo também? No futuro talvez não existirão mais Tribunais de Contas, substituídos por um algoritmo.
Sobre o autor:
Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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