Como será o trabalho no futuro?

Mudanças tecnológicas se aceleram muito rápido, no que se chama de transformação exponencial. O que vai acontecer nos próximos vinte anos será muito mais revolucionário do que o que aconteceu nos últimos vinte. Imaginar que o Google é de 1998, Facebook de 2002, YouTube de 2005, smartphone e Netflix de 2007, Spotify de 2008, Uber de 2009, Instagram de 2010 e WhatsApp de 2012, nos faz pensar como era possível viver sem isso, mesmo nós que vivemos sem isso por muitos anos. Para os millennials e a geração Z o mundo anterior era um universo paralelo, com coisas estranhas como TV sem controle remoto em preto e branco, máquinas fotográficas com filme, disquetes, fora as vitrolas e LPs, quase da época das cavernas. É difícil explicar para eles as expressões “cair a ficha”, “queimou o filme” ou “volta a fita”. Os filhos deles vão colocá-los no museu mais rapidamente ainda.

A profissão escolhida na entrada da universidade será outra quando acabar o curso, se existir. Daí se deduz que o ensino não pode ficar como está. Alguma coisa também revolucionária tem que acontecer. Para que um aluno precisa decorar o que está ao seu alcance no Google dentro do bolso? O que fazer se os alunos entendem mais de tecnologia que os professores? Aulas de geografia com realidade virtual, história com YouTube, inglês com Inteligência artificial podem ser assistidas em qualquer lugar, não precisa de sala de aula e o professor tem outro papel. Todos terão que se preparar de modo flexível para qualquer futuro que vier e terão que estudar a vida inteira. Importante é aprender criatividade, liderança, pensamento crítico, comunicação, resolução de problemas complexos, alfabetização digital e familiaridade com fontes de informação. Aliás, esses pontos estão na nova Base Nacional Comum Curricular que o Ministro da Educação rejeita. Profissões desaparecerão e todas serão transformadas pela tecnologia. Trabalharemos com robôs, inteligência artificial e conectados instantaneamente com o mundo. Trabalhos mais repetitivos de qualquer nível serão os primeiros a desaparecer, mas os não repetitivos estarão também ameaçados, afinal inteligência artificial é inteligente porque aprende, e rápido. E que venha 2020.

Sobre o autor: Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.

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