A Federação das Indústrias(Findes) promoveu, em 2018, um trabalho de análise prospectiva, com grande participação de especialistas, para a identificação dos setores produtivos, segmentos da economia e áreas emergentes considerados mais promissores em um horizonte de 17 anos. O projeto Setores Portadores de Futuro para o Estado do Espírito Santo 2035 definiu três grupos: setores estruturais, emergentes e transversais.
Os setores estruturais têm um maior encadeamento das atividades econômicas. Destacam-se como empregadores, pelo número de estabelecimentos e pela geração de riqueza. Incluem: agroalimentar, celulose e papel, confecção, têxtil, calçados, construção, economia criativa, economia do turismo e lazer, indústria do café, madeira e móveis, metalmecânico, petróleo e gás e rochas ornamentais. Os setores emergentes incluem as novas áreas de biotecnologia e nanotecnologia. O agrupamento dos transversais reúne setores, segmentos e áreas que impactam transversalmente as outras atividades econômicas. Incluem: economia digital, energia, infraestrutura e logística e meio ambiente.
O próximo passo, com início em 2019, compreenderá a elaboração das Rotas Estratégicas para o futuro da indústria do Espírito Santo 2035. Serão realizados estudos de base e painéis de especialistas para a elaboração de uma agenda de ações para os setores, segmentos e áreas portadores de futuro.
Muita coisa, entretanto, já está em andamento: o programa de Inovação na Indústria Capixaba (Inovic), do Senai; a Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI) que alinha empresas, academia e poder público, responsável pela criação junto ao governo do Estado de um Fundo de Inovação de 80 milhões para recursos em inovação; o FindesLab, localizado no topo do Edifício Findes, que será um laboratório aberto para atendimento da sociedade e das indústrias, o primeiro spacemaker de Vitória, o Instituto Senai de Tecnologia com foco em prototipagem, além de laboratórios abertos de moda.
O Fórum Capixaba de Petróleo e Gás (FCP&G), com a secretaria executiva na Findes, lançou um catálogo com 349 empresas na cadeia de petróleo e gás, muitas com tecnologia avançada, mostrando o potencial do Estado nessa cadeia, onde é grande produtor.
Inovação, tecnologia e a transformação digital que caracterizam a 4ª revolução industrial e a indústria 4.0 exigirão mudanças radicais nas empresas e nas profissões do futuro, demandando do Sesi, do Senai e também do Sebrae a adaptação de currículos e programas.
Que o Ministro Paulo Guedes olhe com atenção onde vai meter a faca, para não atrapalhar o que funciona.
Sobre o autor:Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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