Os candidatos e a inovação

O que é um ecossistema de inovação? No caso do Espírito Santo podemos considerar como participantes os profissionais, os pesquisadores, os consultores, os empreendedores, as universidades, as pequenas empresas de base tecnológica, as empresas inovadoras, os governos municipais e estadual com atividades de inovação, as organizações patronais com programas de inovação, o sistema S atuante, os ambientes de inovação com incubadoras e aceleradoras, as comunidades de troca de informações nas redes sociais, os organizadores de eventos e os fundos e instituições financeiras com programas de inovação. As deficiências mais flagrantes se dão na inexistência de um parque tecnológico e na incipiente oferta de investimento-anjo, seed money e fundos de venture capital. O fundamental é que esses participantes interajam para ampliar a modernização do desenvolvimento econômico do Estado.

O ecossistema tem avançado com iniciativas nas áreas privada e pública, como o  Movimento Capixaba pela Inovação, parceria da Findes e do Governo do Estado com a academia e a criação de um fundo de 80 milhões para inovação. Outras iniciativas são: o promissor lançamento do Vale da Moqueca, articulação de empresas inovadoras de Vitória para delimitar um espaço físico que projete essa marca fora do Estado e o lançamento do capítulo Vitória da Singularity University da Califórnia.

A mudança de governo no próximo ano traz a preocupação de como será tratado esse ambiente. Os programas dos candidatos sinalizam as intenções. Renato Casagrande aborda a criação do Programa “ES 4.0”, para incentivar projetos e atrair empresas de alta tecnologia, automação, robótica, biotecnologia, novos materiais e química fina. Transformação digital, inclusive no setor público, startups, investimento anjo, capital de risco e parques tecnológicos são também abordados no programa. Rose de Freitas fala em realizar um programa de apoio aos micro, pequenos e médios empreendimentos de base tecnológica e de economia criativa, firmando parcerias com o Ifes, o Sebrae, o Bandes, a Findes, entre outros. Aborda também o e-gov e as cidades inteligentes. O programa de Aridelmo Teixeira, fala em qualificação dos investimentos em CT&I, implantação da rede de fibra ótica na RMGV (Metro-Gvix), modelagem de infraestrutura de telecomunicações para todo o Estado, um programa de CT&I estruturado, considerando as potencialidades regionais e a  otimização do recurso público para investimentos em CT&I.

É fundamental que o novo governo transforme intenções em apoio efetivo ao nosso promissor ecossistema de inovação.

Sobre o autor:

Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.

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