Estima-se que 65% das crianças entrando no ensino fundamental vão acabar trabalhando em profissões que não existem hoje. E mesmo as que existem estarão completamente diferentes até lá. Podemos ter uma ideia ao observarmos as novas atividades surgidas e as mudanças nas profissões acontecidas nos últimos cinco anos. Youtubers viram influenciadores digitais, novos talentos em humor ou música despontam via internet, especialistas em marketing digital, e-commerce, algoritmos ou big data surgem no mercado. E mais: designers de aplicativos, analistas de segurança das informações, pilotos de drones, professores online e até antropólogos digitais para entender o comportamento das pessoas nas redes sociais. E não é só na área digital: gestores de inovação, especialistas em energias renováveis, coaches, gestores de comunidade, gestores de resíduos, engenheiros hospitalares, consultores de imagens ou geneticistas que vão estudar o risco genético de doenças. Do outro lado, profissões atuais se transformam. Dentistas usam scanners e equipamentos para fresagem ou impressão 3D, médicos fazem cirurgias robóticas, engenheiros fazem protótipos em 3D, jornalistas publicam e interagem nas redes sociais, analistas de sistemas usam novas linguagens e metodologias, publicitários têm que entender das mídias digitais e comerciantes migram para o e-commerce para não quebrar.
Se grandes mudanças aconteceram nos últimos anos, o que virá nos próximos dez ou quinze, dado que existe uma aceleração nas mudanças? E o que fazer para se preparar para enfrentar um mundo de trabalho que ninguém sabe exatamente como vai ser? O que as escolas devem ensinar e como?
O Fórum Econômico Mundial procurou listar algumas habilidades e perfis necessários em qualquer mundo que vier pela frente. A criatividade e a imaginação, o raciocínio lógico e matemático, a expressão oral e escrita e a interpretação de textos, o pensamento crítico, a capacidade de análise e síntese, a familiaridade com fontes diversas de informação e a alfabetização digital. Mas não só, porque um mundo complexo exige uma preparação mais completa, que inclui também perfis sociais para coordenação com outras pessoas, inteligência emocional, negociação, persuasão, saber treinar e ensinar outras pessoas e saber lidar com problemas complexos. Além de tudo isso tem que entregar resultados com iniciativa e empreendedorismo, agilidade e adaptabilidade.
Enfim, não só as crianças, mas todos nós que queremos estar vivos e trabalhando nos próximos 15 ou mais anos, teremos que enfrentar a batalha das mudanças exponenciais.
Sobre o autor:
Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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