Em recente evento com prefeitos, o Governador Paulo Hartung pregou o uso da criatividade, por meio do mundo digital, como forma de gerar novas oportunidades. O potencial do mundo digital é realmente imenso, seja para sua utilização nos serviços prestados pelos governos, seja como atividade geradora de empregos, impostos e desenvolvimento econômico.
O chamado governo eletrônico ou e-gov, nos seus primórdios, consistia na oferta de um site pelos governos com informações gerais, e o conceito seguia paralelo às primeiras implementações das chamadas cidades digitais com internet nas praças.
A proliferação dos smartphones, a banda larga e as redes wi-fi onipresentes, a economia dos aplicativos e uma infinidade de startups abrigadas em incubadoras, aceleradoras, ambientes de co-working e parques tecnológicos criaram um novo tipo de governo eletrônico, que se funde com a ideia de cidades inteligentes e humanas. Humanas porque a ênfase não é mais a tecnologia pela tecnologia, mas o direcionamento de toda essa parafernália digital para melhorar a vida do cidadão.
Os recentes lançamentos pelo Governo do Estado do Cad-e que reduz o tempo para abertura de empresas para 3 dias(nesse caso também houve mudança de procedimentos) e o aplicativo ES na palma da mão vão nesse caminho.
Dois grandes movimentos da nova onda de governo eletrônico acontecem pelo mundo. O primeiro é o governo aberto(open government), onde os dados administrados pelos governos, como impostos ou informações de suas operações em saúde, educação ou segurança, entre outros, são disponibilizados não só para acesso ao público, mas principalmente no formato de API ou interfaces para programação de aplicações. Nesse formato, os desenvolvedores de aplicativos trabalham apresentando esses dados de novas maneiras, mesclando-os com dados de outras aplicações de governo ou mesmo privados. Imaginemos, por exemplo, os dados do cadastro do ISS confrontados com os do IBGE e do aplicativo Google maps para fornecer informações consolidadas mesclando arrecadação com imposto e renda por bairro no formato de mapa.
O segundo movimento acontece pela mobilidade dos smartphones e redes, transformando os cidadãos em fiscais, registrando, fotografando e reportando tudo que acontece em seu caminho. Cabe aos governos organizar uma estrutura para receber, processar e atuar usando essas informações.
Governos que apoiem esse ambiente estarão criando um novo campo de desenvolvimento econômico, com centenas de empresas empregando pessoal de alto nível, com potencial para fornecer soluções inclusive para fora do estado.
Sobre o autor:
Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.
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